Filme: Angry Birds – O Filme [Review]

angrybirds1Apostar no público nerd tem sido uma certeza de dinheiro para as produtoras de cinema, e após a onda de filmes de super-heróis, tudo indica que o novo foco será a retomada dos filmes de games (conhecidos por desastres do passado). Mas o primeiro filme desta empreitada não será da Aliança contra a Horda ou dos assassinos pelo tempo, e sim algo oriundo de um game de celular – Angry Birds – O Filme.

Somos apresentados a Red (Jason Sudeikis/Marcelo Adnet), um simpático e atrapalhado pássaro vermelho que sofre com surtos de raiva, causando sérios problemas sociais em um local onde todos são irritantemente felizes. Ele é encaminhado a terapia com Matilda (Maya Rudolph/Dani Calabresa) onde conhece o acelerado Chuck (Josh Gad/Fabio Porchat) e explosivo Bomba (Danny McBride/Mauro Ramos). Eles tem chance de mostrar seu valor quando todos os ovos são roubados por porcos verdes, que chegaram de maneira amistosa e enganaram a população. Com a ajuda da ave Mega Águia (Peter Dinklage/ Márcio Simões), eles farão uma investida para resgatar os ovos e derrubar os porcos.

Vendo a simplicidade do roteiro fica evidente que os diretores Clay Kaytis e Fergal Reilly optaram por direcionar a produção para o público infantil, mas em tempos onde as animações tentam falar com vários públicos (o que eu chamo de “escola Pixar de animação), tanta simplicidade até causa estranheza. Franquias de games costumam ter uma base simples de enredo e permitem muita liberdade em suas adaptações (salvo jogos mais recentes que possuem uma trama digna de cinema), e muitas vezes os produtores acabam metendo os pés pelas mãos ou até mesmo fugindo da essência da franquia (filmes baseados em jogos de luta que o digam). Não foi este o caso de Angry Birds, que basicamente se baseia em um jogo de arremessar aves para derrubar fortes construídos por porcos para recuperar os ovos, e estes elementos estão presentes em meio a trama.

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Houve uma adaptação no design dos personagens criados pela empresa Rovio para funcionarem melhor na tela, com o incremento de braços, pernas e expressões faciais mais definidas, o que foi um grande acerto. A dublagem brasileira ficou escolheu vários humoristas famosos (até os Irmãos Piologo dublam personagens no filme), e por incrível que pareça todos funcionaram muito bem na tela (Porchat já havia feito um ótimo trabalho como Olaf de Frozen). Na versão original também foram escolhidos diversos astros ligados a papéis cômicos e o resultado casou com a premissa do filme.

Para um filme baseado em uma franquia de celular, Angry Birds se sai bem e consegue divertir, mas não chega aos pés de uma Pixar da vida. Sejam jogos de grandes plataformas, de celular ou até mesmo MMO’s, uma onda de adaptações vem surgindo para o deleite dos nerds de plantão, vamos torcer para que desta vez esta guinada emplaque de vez.

Autor: Amanda Paiva

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