Nível Zero – Edição Número 1 [Review]

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E aí argonautas?

Nível Zero é uma história em quadrinhos publicada pela Editora Estronho com uma proposta diferente: Lia é uma garota esperta, energética e aparentemente “normal” que vive em um mundo em que todas as pessoas desenvolvem super-poderes na adolescência.

É como um futuro em que o Gene X (X-Men) fosse transferido para todos os seres ao invés de apenas à alguns indivíduos. TODO mundo tem alguma espécie de poder.

Menos Lia. Os poderes dela são de “nível zero”.

Claro que isso preocupa a menina… Ela acredita que algum dia seus dons serão revelados. Mas até lá precisa viver sentindo-se uma pária entre uma sociedade de super-poderosos. Deve esconder esse segredo de inspetores governamentais, pois não sabe o que aconteceria se soubessem que ela pode ser o único ser vivo sem incríveis habilidade.

Então, precisa contar com apoio de seus poucos amigos (Maria e Marco) e com sua esperteza nata.

Essa é a premissa da HQ escrita e desenhada por Waleska Ruschel, estudante de Artes Visuais na Unesc, ilustradora, animadora e integrante do coletivo de desenhos de Floripa “Desenho Aqui”.

Apesar da premissa, a trama promete melhorar mesmo nos próximos números. Essa primeira edição serve apenas para ter um gostinho da obra e é provável que muitos leitores deixarão sair mais edições antes de comprar.

Ainda é difícil dizer ser a jornada de Lia será uma boa história, mas o feito de Waleska foi criar uma personagem que se comunica com pré-adolescente: as dúvidas e o medo de expor-se que Lia tem lembram bastante aqueles sentimentos de quando somos apresentados ao mundo chato dos adultos.

Prevejo uma discussão poderosa sobre como uma pessoa aparentemente sem nada de especial pode fazer diferença no mundo. E acredito que Lia pode se desenvolver a ponto de ensinar as meninas de sua idade no mundo real, se a autora souber trabalhar isso na narrativa.

A arte deixa bastante a desejar, os cenários devem ser cuidados nas próximas edições para mostrar mais sobre esse mundo. Por exemplo, todo mundo é super poderoso, então deveríamos ver todo tipo de pessoa diferente com poderes diferentes andando nas ruas e nas cenas foras da escola.

Nível Zero tem um enorme potencial para ser mais uma boa história seriada publicada nos quadrinhos aqui no Brasil. Vamos ver se autora e editora conseguem esse intento nos próximos anos.

Pode ser que você ouça falar de Nível Zero como mais história interessante dos gibis brazukas… Se esse for o caso, seria legal acompanha-lo desde o primeiro volume não?

Interessado em conhecer a história de Lia nessa Terra de Gigantes?

Nível Zero de Waleska Ruschel está à venda na loja online da Estronho editora. Clique aqui e compre o seu.

Aproveite!

Nota: 5/10

Mais resenhas como essa podem ser encontradas além do meu espaço especial aqui no Dínamo, também no meu blog, o Vida de Escritor.

 

Ficha Técnica – Roteiro e Arte: Waleska Ruschel; Editor Responsável: Marcelo Amado; Ilustração de Capa: Waleska Ruschel; Projeto Gráfico: Waleska Ruschel/Marcelo Amado; Formato: 16x23cm; Páginas: 48 preto & branco; Papel: Offset 75G; Capa: Papel Cartão 240G sem orelhas 4×1; ISBN (papel): 978-85-64590-75-5.

Mondo Muerto [review]

E aí Goth-nautas?

mondomuerto_capaImagina um “País das Maravilhas” gótico.

Esqueça aquela versão cinematográfica horrorosa e com um 3D capaz de deixar qualquer machão meio tonto… Aquela do Tim Burton, estamos falando de um mundo que “captura a essência da alma gótica”.

Jogue nesse mundo personagens fantástico que fazem humor ao estilo de vida dos góticos; rebatem fortes críticas sociais e preconceituosas dirigidas ao movimento e anda satirizam situações vividas pelos simpatizantes desse movimento com mais de 30 anos de atividade.

Nele você poderá ver figuras engraçadas como…

  • O Mixirica: além de ser uma fruta cítrica antropomorfizada, é uma gíria muito antiga de São Paulo para denominar os góticos mais exagerados, esse é nosso personagem principal.

Conhecerá também:

  • A Gática de Botas: versão dark do Gato de Botas só que mais “bad ass”. Sendo uma profissional liberal e desimpedida.

 

  • O Júnior: um típico adolescente que está descobrindo o mundo encantado dos góticos, e já precisa lidar várias escolhas difíceis. Uma delas é ter uma mãe vampira (e parasitar outras formas de vidas, ser como uma gerente de empresa) ou seu pai zumbi (trabalhar em algo sem significado, como apertar botões ou ser um artista nos naipes do Romero Britto) FODA-SE, FALEI MESMO.

 

  • Virginia Dead: afrodescendente, poeta, estudante de literatura e eterna escritora gótica. Tendo como trabalho mais famoso, o best seller “Headbangers são de Marte, Góticos são de Vênus”.

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E muitos outros habitantes que recriam personagens literários, de contos de fadas ou da cultura pop em uma versão dark, como:

  • A Rainha Emilie Marquesa de Rabigoth.

 

  • O Visconde de Bela Lugosa (terror do milharal).

 

  • A vocalista de Melodic Metal Tarja Turunen Bem-Branca de Neve & os 7 Darkões.

 

  • O Surfista Prateado Gótico (ele pega onda no Mar Morto e toma banho de lua no Mar Negro).

 

  • O Bicho Troozão.

 

  • E o Exterminador do Obscuro (aquele que deseja acabar com todos os goticistas, trevosos etc)

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Cínico? Satírico? Lisérgico?

 

Bem-vindo ao Mundo Muerto.

Obra em quadrinhos que reúne tiras do cartunista, H. A. Kipper, publicada pela editora Estonho. Kipper também frequenta a cena gótica de São Paulo desde os anos 1990 e escreveu o livro “A Happy House in a Black Planet: Introdução à Subcultura Gótica” (2008).

Mundo Muerto aproveita-se de muito bom humor e ironia para falar sobre o mundo em que os góticos vivem, sem destacá-los como casta abastada, mas colocando-os como pessoas comuns que fogem de rotulações e gostam de um estilo de vida alternativo.

Uma obra indispensável para quem simpatiza com essa contracultura que se desenvolve há mais de 30 anos e é inspirada por referências com mais de 200 anos – como a literatura vitoriana. Também é recomendado para os tais “modinhas”, os adolescentes que desejam entrar no mundo sombrio…

A arte lembra bastante aquelas encontradas em revistas de rock dos anos 1980; impresso em material de qualidade pela Estronho.

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Faço ressalvas à qualidade em relação a encadernação: o gibi é grampeado em cima e algumas impressões são na horizontal, outras na vertical. O leitor tem que ficar virando o gibi para ler algumas páginas, tornando a leitura um pouco incômoda.

Mas isso não deprecia a diversão. Risadas são garantidas com a leitura de Mundo Muerto. E pode ser que, no final, você olhará para aquele seu amigo(a) Goth com outros olhos.

Interessado em seguir a Gótica de Botas até o Mundo Muerto? Adquira já o seu no site da Estronho nesse link.

Nota: 7/10

PS: Gostou dessa resenha? Leia matérias como essa no meu blog sobre escrita. Basta clicar aqui.

 

Ficha Técnica – Roteiro e Arte: Kipper; Editor Responsável: Marcelo Amado; Ilustração de Capa: Kipper; Projeto Gráfico: Kipper; Formato: 21x15cm; Páginas: 60 coloridas; Papel: Couchê 145G;  Capa: Papel Couchê brilho 240G sem orelhas; ISBN (papel): 978-85-64590-62-3

A Noite Rompida – A Aventura Insólita de Seu Levercruz [review]

“Que quadrinhos são outra forma de arte não é novidade, o notável é como ela se distancia das outras, como aumenta a diferença. Os quadrinhos não ficaram mais literários, nem mais cinema impresso ou arte plástica, ficaram mais essa outra coisa. O que, não sei, só sei que fascinante. ”

– Luis Fernando Veríssimo, para a edição impressa de A Noite Rompida.

E aí argonauta?

NoiteRompida_CapaO que acontece quando um renomado escritor e amante de narrativa (em qualquer mídia) senta-se com um artista que não tem medo de inovar e adaptar seu traçado para deixá-lo mais onírico e lisérgico possível?

Em pouquíssimas obras brasileiras tivemos o casamento perfeito dessa mistura como em A Noite RompidaA Aventura Insólita de Seu Levercruz publicado pela Estronho.

Essa é mais daquelas graphic novel que você começa a ler sem dar muita atenção e é levado para um mundo completamente insólito que em muito lembra o Sonhar de Sandman… Só que não estamos em uma realidade sonhada.

Estamos numa versão infernal do Rio de Janeiro.

Essa também é mais uma HQ em que você termina a leitura dizendo: “Então também é possível fazer isso com o arte sequencial!”

Nada menos, o trabalho do mestre quadrinhista Carlos Patati (o roteirista) combina um pouco da história de vida aos trabalhos do desenhista expressionista alemão Oswaldo Goeldi que se mudou para o Brasil em 1919.

A história começa com a chegada do artista à Cidade Maravilhosa. Nesse ponto, o trabalho de Hélio Jesuíno (responsável pela arte) navega do realista para o mais estranho possível, combinando diversos estilos de arte diferentes em uma mesmo quadro para comunicar um sentimento de solidão.

O cachorro vira-lata que recebe Oswaldo Levercurz (Patati optou por dar outro sobrenome ao personagem na história) faz as vezes de Virgílio na jornada de Dante pelo inferno. Só que o inferno aqui são todas as loucuras possíveis numa Rio de Janeiro que se apresenta ao protagonista no início do século XX e fica cada vez mais infernal com o passar das décadas.

450xNA Noite Rompida é uma muito diferente das histórias em quadrinhos de Super-Heróis, sendo impossível uma comparação. Até mesmo a narrativas do mestre Moebius em Mundo de Edena não são tão oníricas quanto essa obra. Sendo necessário um esforço extra do leitor para interpretar texto, referências literárias e a arte no geral. Uma obra que vale a pena ser lida para quem sabe que quadrinhos são bem mais do que aventureiros de capa e cueca por sobre a capa.

Como o próprio Luis Fernando Veríssimo escreve na contracapa dessa HQ: “Hélio Jesuino e Patati são dois grandes praticantes da outra coisa. Estas histórias – se é que ainda cabe o termo – são exemplos de uma sensibilidade e de uma expressão que ainda não existiam no mundo. Pelo menos, não no tempo em que eu lia o ‘Capitão Marvel’”.

A Noite Rompida – A Aventura Insólita de Seu Levercruz pode ser adquirida no site da estronho. Clique aqui para comprar o seu.

PS: Que tal aprender a escrever resenhas sem parecer um crítico chato de jornal ou um blogueiro analfabeto? Saiba mais nesse link do Vida de Escritor.

Ficha Técnica – Autores: Carlos Patati e Hélio Jesuíno; Editor Responsável: Marcelo Amado; Ilustração de Capa: Hélio Jesuíno; Projéto Gráfico: Marcelo Amado. Formato: 17x24cm; Páginas 64 preto e branco; Papel: Pólen soft 80G; Capa: Papel cartão 240G sem orelhas, laminação fosca; ISBN (papel): 978-85-64590-69-4.

Domingo Sangrento Domingo [Review]

Resenha da Graphic Novel “Domingo Sangrento Domingo” escrita por Romeo Martins, arte de Victor Vic e publicada pela Estronho Editora.

“The people who have crippled you

You want to see them burn

The gates of life have closed on you

And there’s just no return.”

Sabbath Bloody Sabbath, Black Sabbath

Capa de "Domingo Sangrento Domingo"
Capa de “Domingo Sangrento Domingo”

Olá Argonautas!

Em meio à Corrida do Ouro – aquela norte-americana de dois séculos atrás, não a que acontece hoje no Mato Grosso – a prostituta Mary Ruiva e o escravo recém liberto Baltazar perseguem uma ratazana que os guiará até uma pepita de prata.

Em uma mina abandona.

A descoberta os toma de surpresa. Mais do que rapidamente pegam em pás e picaretas buscando mais vestígios do metal precioso.

Encontrar uma mina ali pode significar a liberdade daquele bordel chefiado por uma dona encrenqueira, acredita Mary; para Baltazar representa uma passagem daquele fim de mundo desgraçado.

Infelizmente, nenhum deles imaginara tratar-se de uma mina ocupada.

Ocupada há anos, décadas, séculos talvez, por um agente da danação.

Um nosferatu.

E esse foi o fim de Baltazar.

Perdida. Agora a prostitua vê-se frente a frente com uma criatura que anos mais tarde iria inspirar o filme de Murnau. Um ser que, segundo as lendas, existe apenas para beber o sangue dos vivos. Ela percebe que não haverá escapatória para sua existência quando… o vampiro se apresenta.

Seu nome? Domingo Ruiz.

Um vampiro do Velho Mundo. Da Catalunha (Barcelona) para ser mais exato. Ele é o sétimo filho de um sétimo filho… E por isso, um nosferatu – não deveria ser um lobisomem?

Amostra das Páginas de Domingo Sangrento Domingo. Estronho.
Amostra das Páginas de Domingo Sangrento Domingo. Estronho.

“Here the birth from an unbroken line“

– Seventh son of a seventh son, Iron Maiden

Ela escuta a história que o Domingo tem a contar e entende que sua perseguição à ratazana não foi por acaso.

O vampiro trama uma vingança contra seu capturador – um Dhampyr, um mestiço entre vampiro e mortal, nascido para caçar os da raça de Domingo – que matou sua amada séculos atrás e tramou para que viesse persegui-lo no Novo Mundo.

Uma vingança secular se desenvolvendo e a prostituta percebe que será muito mais fácil aceitar seu destino…

De que tornar-se uma ferramenta do nosferatu.

Amostra das Páginas de Domingo Sangrento Domingo. Estronho.
Amostra das Páginas de Domingo Sangrento Domingo. Estronho.

So it shall be written. So it shall be done.

– Seventh son of a seventh son, Iron Maiden

Essa é a sinopse da graphic novel “Domingo Sangrento Domingo” – sim, sim, o nome do protagonista é Domingo, ele é um sanguessuga, logo, um título bem apropriado – publicado pela Editora Estronho.

História escrita pelo jornalista e contista de ficção científica, fantasia e terror desde 2009, Romeu Martins. Um novato que cujos trabalhos estão em vias de publicação em mais de 10 livros, sendo essa sua primeira experiência com a arte sequencial.

 

Roteirista Romeo Martins (esquerda) e desenhista Victor Vic (direita).
Roteirista Romeo Martins (esquerda) e desenhista Victor Vic (direita).

 

E arte de Victor Vic, com mais de 10 anos trabalhando como ilustrador no mercado publicitário, é bastante caricata. Abre mão de desenhos realistas para figuras que lembra o trabalho de Tony Moore (The Walking Dead).

Seu desenho é bastante rico e interessante em quadros com sombras ou escuros – como as cenas no interior das minas em ou nas caçadas noturnas de Domingo, na Europa – , mas deixa um pouco a desejar em cenas claras, dando uma sensação de vazio em excesso.

Quarta Página de Domingo Sangrento Domingo.
Quarta Página de Domingo Sangrento Domingo.

Opinião Sobre a Trama

A trama é bastante interessante, usando de clichês sem abusar. Se você achou que o envolvimento da Mary Ruiva na história é um gancho manjado demais, saiba que o ponto alto da história não é essa virada (previsível), mas a história rica de Domingo Ruiz que mistura-se com lendas do leste europeu e crendices europeias.

Um ponto negativo que achei foi a história não encerrar em uma edição. Agora os leitores têm que esperar até a Estronho poder dar continuação a vendeta de Domingos para saber porque Mary foi a escolhida para isso.

Banner Divulgação Editora Estronho
Banner Divulgação Editora Estronho

Então, mais do que recomendo aos amantes de uma história de terror que comprem seus exemplares na loja online da Estronho a um preço bem baratinho. Só R$ 19,90.

Por que?

Marque minhas palavras… Veremos uma boa história se desenrolar nos próximos anos.

Prova disso? Um corvinho verde me contou que a HQ de Romeu e Victor vendeu muito bem em sua noite de autógrafos em Floripa – esgotando as edições para venda no dia.

Nota: 7/10

 

Ficha Básica “Domingo Sangrento Domingo”

DSD_capaRoteiro: Romeu Martins, Arte: Victor Vic, Editor Responsável: Marcelo Amado, Arte da Capa: Victor Vic, Projeto Gráfico: Victor Vic e Marcelo Amado, Formato 17x24cm, Páginas: 48 em Preto e Branco, Papel: Pólen Soft 80G, Capa: Papel Cartão 240G 4×4 sem orelhas e laminação fosca, ISBN (papel): 978-85-64590-59-5.

Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre o autor dessa resenha no seu próprio blog. Acesse Agora Mesmo!

Muiraquitã e a Fúria do Anhangá [Review]

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.

E aí Argonauta?

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.Você sabe o que raios é um Muiraquitã?

Antes do Cabral nos achar, haviam uma tribo formada somente por mulheres. Eram as Icamiabas e vivam isoladas do contato com qualquer homem.

Elas eram guerreiras valentes e competentes artesãs. Produziam amuletos carregados de propriedades mágicas feitas com pedras verdes especiais e entalhadas para imitar a forma de um animal.

Algumas lendas contam que um espírito ou demônio poderia ser preso em um Muiraquitã, desde que se conheça os ritos necessários.

Se essa lenda é verdade ou não, pouco sei dizer.

Mas que parece com um mito indígenas real, parece. Não é?

 

Se Não Fosse o Cabral

Alguns dias antes do ano de 1500, o indígena Bira tenta lutar contra o chamado de Tupã para ser escolhido como o novo pajé da tribo. É que o jovem gosta mesmo é de caça e faz o possível para “matar aula” de xamanismo.

E é numa dessas caçadas que Bira encontra, por acidente, um pequeno objeto que representa a forma de um cervo. Tal item era tão bonito que o guarani resolveu presentar a irmã.

Sem saber que se tratava de um dos Muiraquitã das Icamiabas.

E sim: com um demônio dentro!

Um dos mais perigosos… o Anhangá.

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.

 

O Muiraquitã da Estronho

Prepare-se para uma aventura empolgante ao lado desse guerreiro espiritual indígena, essa é a proposta da graphic novelMuiraquitã e a Fúria do Anhangá” da Estronho Editora.

Se você gosta de uma leitura rápida e bem amarrada, vai adorar esse quadrinho inspirado na mitologia tupi-guarani. Ela segue uma tradição de HQs folclóricas que já conta com obras-rimas como Iara de Silvino e a Bandeira do Elefante e da Arara de Christopher Kastenmidt.

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.

 

Quem São os Autores?

Muiraquitã e a Fúria do Anhangá” escrita pelo já calejado de roteiro folclórico Alex Mir. A narrativa é extremamente envolvente e fisga o leitor logo nas primeiras cenas. Sem enrolar muito e indo direto para a jornada do personagem Bira combatendo entidades espirituais e firmando-se como o pajé de sua tribo.

Mir já participou de outra publicações independentes de quadrinhos, tendo escrito os álbuns “O Mistério da Mula Sem Cabeça”, “Orixás – Do Orum ao Ayê” (integrante da lista do PNBE em 2013) e “A Mão e a Luva em Quadrinhos” (que integra o catálogo de Bologna  em 2014).

Você pode ver mais trabalhos dele na webcomic do Petisco, Valkíria. Mir já ganhou 3 proacs, tem 8 indicações ao HQMIX que venceu em 2010 na categoria “roteirista revelação”.

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Mas o que seria de uma HQ sem a boa arte?

Rebecca (a esquerda) talento que veio para ficar?
Rebecca (a esquerda) talento que veio para ficar?

Muiraquitã foi agraciado pelo trabalho da estreante Rebeca Caroline Acco.

Essa catarinense afirma que quis ser desenhista graças as ilustrações dos livros de RPG do irmão. Seu traço simples e ágil com cenários bem detalhados. Seu trabalho com sombra em objetos também é muito bom.

Uma estreante com muito talento. Mas que ainda precisa desenvolver melhor a diferenciações entre um personagem e outro. Alguns deles são muito semelhantes.

Quero ver seus trabalhos futuros, certo Rebeca?

(Sim, algumas delas são bem confusas para os leitores).

“Muiraquitã e a Fúria do Anhangá” pode não ter os personagens com dramas mais bem desenvolvidos ou motivações mais fortes e pode até ser uma Jornada do Heróis como qualquer outra. Mas com certeza é uma boa aventura inspirada pelo NOSSO folclore embrulhada em uma arte extremamente competente.

Interessado em saber como Bira se livrou do demônio Anhangá?

Então clique aqui e compre o seu exemplar de Muiraquitã.

Você não vai se arrepender de fazer parte dessa aventura.

Nota: 8/10

Ficha Técnica:

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.Roteiro: Alex Mir; Arte: Rebeca Caroline Acco; Editor Responsável: Marcelo Amado; Ilustração de Capa: Rebeca Caroline Acco; Projeto Gráfico: Rebeca Caroline Acco e Marcelo Amado; Formato: 17x24cm; Páginas 64 preto e branco; Papel: Pólen Soft 80G; Capa: Papel Cartão 240G 4×4 sem orelhas, laminação fosca; ISBN (papel): 978-85-64590-74-8.

 

Mais Uma Dica. Para Quem Gosta de Escrever

Se você gostou desse post, conheça meu novo projeto. Vida de Escritor, a escola de escritores profissionais.

Muiraquitã e a Fúria do Anhangá [Review]

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.

E aí Argonauta?

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.Você sabe o que raios é um Muiraquitã?

Antes do Cabral nos achar, haviam uma tribo formada somente por mulheres. Eram as Icamiabas e vivam isoladas do contato com qualquer homem.

Elas eram guerreiras valentes e competentes artesãs. Produziam amuletos carregados de propriedades mágicas feitas com pedras verdes especiais e entalhadas para imitar a forma de um animal.

Algumas lendas contam que um espírito ou demônio poderia ser preso em um Muiraquitã, desde que se conheça os ritos necessários.

Se essa lenda é verdade ou não, pouco sei dizer.

Mas que parece com um mito indígenas real, parece. Não é?

Se Não Fosse o Cabral

Alguns dias antes do ano de 1500, o indígena Bira tenta lutar contra o chamado de Tupã para ser escolhido como o novo pajé da tribo. É que o jovem gosta mesmo é de caça e faz o possível para “matar aula” de xamanismo.

E é numa dessas caçadas que Bira encontra, por acidente, um pequeno objeto que representa a forma de um cervo. Tal item era tão bonito que o guarani resolveu presentar a irmã.

Sem saber que se tratava de um dos Muiraquitã das Icamiabas.

E sim: com um demônio dentro!

Um dos mais perigosos… o Anhangá.

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.

O Muiraquitã da Estronho

Prepare-se para uma aventura empolgante ao lado desse guerreiro espiritual indígena, essa é a proposta da graphic novelMuiraquitã e a Fúria do Anhangá” da Estronho Editora.

Se você gosta de uma leitura rápida e bem amarrada, vai adorar esse quadrinho inspirado na mitologia tupi-guarani. Ela segue uma tradição de HQs folclóricas que já conta com obras-rimas como Iara de Silvino e a Bandeira do Elefante e da Arara de Christopher Kastenmidt.

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.

Quem São os Autores?

Muiraquitã e a Fúria do Anhangá” escrita pelo já calejado de roteiro folclórico Alex Mir. A narrativa é extremamente envolvente e fisga o leitor logo nas primeiras cenas. Sem enrolar muito e indo direto para a jornada do personagem Bira combatendo entidades espirituais e firmando-se como o pajé de sua tribo.

Mir já participou de outra publicações independentes de quadrinhos, tendo escrito os álbuns “O Mistério da Mula Sem Cabeça”, “Orixás – Do Orum ao Ayê” (integrante da lista do PNBE em 2013) e “A Mão e a Luva em Quadrinhos” (que integra o catálogo de Bologna  em 2014).

Você pode ver mais trabalhos dele na webcomic do Petisco, Valkíria. Mir já ganhou 3 proacs, tem 8 indicações ao HQMIX que venceu em 2010 na categoria “roteirista revelação”.

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Mas o que seria de uma HQ sem a boa arte?

Rebecca (a esquerda) talento que veio para ficar?
Rebecca (a esquerda) talento que veio para ficar?

Muiraquitã foi agraciado pelo trabalho da estreante Rebeca Caroline Acco.

Essa catarinense afirma que quis ser desenhista graças as ilustrações dos livros de RPG do irmão. Seu traço simples e ágil com cenários bem detalhados. Seu trabalho com sombra em objetos também é muito bom.

Uma estreante com muito talento. Mas que ainda precisa desenvolver melhor a diferenciações entre um personagem e outro. Alguns deles são muito semelhantes.

Quero ver seus trabalhos futuros, certo Rebeca?

(Sim, algumas delas são bem confusas para os leitores).

“Muiraquitã e a Fúria do Anhangá” pode não ter os personagens com dramas mais bem desenvolvidos ou motivações mais fortes e pode até ser uma Jornada do Heróis como qualquer outra. Mas com certeza é uma boa aventura inspirada pelo NOSSO folclore embrulhada em uma arte extremamente competente.

Interessado em saber como Bira se livrou do demônio Anhangá?

Então clique aqui e compre o seu exemplar de Muiraquitã.

Você não vai se arrepender de fazer parte dessa aventura.

Nota: 8/10

Ficha Técnica:

Resenha da HQ Muiraquitã de Alex Mir e Rebeca Caroline Acco publicado no Brasil pela Estronho.Roteiro: Alex Mir; Arte: Rebeca Caroline Acco; Editor Responsável: Marcelo Amado; Ilustração de Capa: Rebeca Caroline Acco; Projeto Gráfico: Rebeca Caroline Acco e Marcelo Amado; Formato: 17x24cm; Páginas 64 preto e branco; Papel: Pólen Soft 80G; Capa: Papel Cartão 240G 4×4 sem orelhas, laminação fosca; ISBN (papel): 978-85-64590-74-8.

Mais Uma Dica. Para Quem Gosta de Escrever

Se você gostou desse post, conheça meu novo projeto. Vida de Escritor, a escola de escritores profissionais.