ArgCast Especial – A História do ART & COMICS

Esse bate-papo feto durante a Pandemia no canal Daniel HDR Art, reuniu Daniel HDR, Adriana Melo, Joe Prado, Mike Deodato, Luke Ross e Hélcio de Carvalho para recordarem cada um deles seus inícios dentro do celebre ESTÚDIO ART & COMICS, de Hélcio, Dorival Lopes e Jotapê Martins (quando estavam na Ed. Abril, responsáveis pelos quadrinhos MARVEL e DC aqui no Brasil).

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ArgCast: Especial-A História do Estúdio ART & COMICS ArgCast

Esse bate-papo feto durante a Pandemia no canal Daniel HDR Art, reuniu Daniel HDR, Adriana Melo, Joe Prado, Mike Deodato, Luke Ross e Hélcio de Carvalho para recordarem cada um deles seus inícios dentro do celebre ESTÚDIO ART & COMICS, de Hélcio, Dorival Lopes e Jotapê Martins (quando estavam na Ed. Abril, responsáveis pelos quadrinhos MARVEL e DC aqui no Brasil). TORNE-SE APOIADOR do ARGCAST através do canal DANIEL HDR ART: ✏︎ MEMBRO YOUTUBE 🤝 ✏︎ APOIA.SE 🤝 ✏︎ PATREON 🤝

Sarjeta do Terror #19 – Uzumaki

Uma cidade assombrada por… Espirais. Essa é a história de Uzumaki, de Junji Ito, um dos mais comentados mangas de terror, presente em virtualmente qualquer lista das grandes obras em quadrinhos do gênero.

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Os japoneses parecem ser bastante atraídos pelo bizarro, pelo estranho e pelo surreal. Pode ser que isso constitua um estereótipo criado por nós, ocidentais, mas o fato é que, no que se refere a histórias em quadrinhos, em particular de terror, é quando o estranho, o bizarro e o surreal dão a tônica dos mangas do gênero que os resultados são realmente de alto nível.

Um dos autores japoneses que mais se destacou no ocidente foi Junji Ito.Com suas histórias no melhor estilo “Além da Imaginação”, pessoas comuns se vêem às voltas com realidades lovecraftianas onde tudo parece absurdo demais para ser real – só que, não só é real, como é mortal. Entre estas histórias fantásticas está talvez a obra mais conhecida dele, Uzumaki.

Uzumaki (“espiral”, em japonês), é uma história que apareceu primeiramente de forma seriada na revista Big Comic Spirits e depois foi compilada em 3 volumes, que também foram publicados no ocidente. A história acompanha o dia a dia da cidade de Kurôzu-cho, onde o conceito de espiral assume características sobrenaturais e muitas vezes impossíveis. A protagonista da história é Kirie Goshima, uma estudantes colegial como outra qualquer que tem um namorado chamado Suichi. Com o tempo, coisas estranhas começam a acontecer na cidade e somos levados pelo ponto de vista de Kirie para aos poucos desvendarmos o que está acontecendo. Algo estranho ocorre na cidade, num primeiro momento como casos aparentemente isolados, mas que com o tempo começa a ficar claro que eles possuem algum tipo de relação. Apenas Suichi parece estar ciente de que alguma coisa está terrivelmente errada com a cidade.

Entre as circunstâncias que ocorrem na cidade estão a obsessão do pai de Suichi por espirais, o que o leva a se torcer dentro da máquina de lavar roupas; a fobia da mãe de Suichi por espirais, consequência do que ocorreu com o marido; o estranho fenômeno que transformou algumas pessoas em caramujos gigantes; uma garota da escola fica popular por atrair pessoas para si com seus cabelos espiralados, que começam a ficar cada vez maiores; entre outros. Cada novo incidente estranho leva a cidade a problemas cada vez maiores, parecendo que alguma coisa está interessada em destruir a cidade inteira e todos que a habitam. Caberá a Kirie e Suichi chegar até o fundo de tudo isso antes que seja tarde demais.

Uzumaki tem uma estrutura muito interessante. Apesar de ter uma protagonista e personagens recorrentes, a história começa quase que num estilo de antologia, onde cada capítulo tenta funcionar quase como uma história isolada, embora passada na mesma cidade. Com o tempo, estas histórias vão tendo cada vez mais ligação entre si conforme os acontecimentos vão crescendo o bastante para inevitavelmente atingir a cidade inteira (tanto as pessoas quando a arquitetura), levando a população para o caos total e deixando-os isolados do resto do mundo.

Uzumaki começou a ser publicado originalmente em 1988 e, em 2000, teve uma adaptação cinematográfica dirigida por Higunchinsky. O filme, no entanto, não teve uma boa aceitação do público. No Brasil, o manga chegou a ser publicado em 3 volumes pela editora Conrad, mas creio que hoje este material se encontra fora de catálogo pela editora, o que é uma pena. É bem possível que esta versão em português ainda possa ser encontrada em sebos por aí.

Curiosidades:
– Junji Ito queria inicialmente fazer uma história sobre mudanças que ocorrem em pessoas que compartilham suas vidas vivendo em longas casas tradicionais japonesas conhecidas como “row houses”. Nestas construções, são diversas casas que compartilham suas paredes externas. Sua ideia era se basear em suas próprias experiências de infância, onde passou vivendo numa casa deste tipo;
– O filme possui um final diferente do manga. Isso se deve ao fato de que, quando foi filmado, ainda não havia um final para a obra original;
– Em 2003, Uzumaki foi indicado ao Eisner na categoria Best U.S. Edition of Foreign Material;
– Um “capítulo perdido”, chamado “Galaxies”, que não apareceu no lançamento original da série, foi incluída apenas posteriomente nas edições “Omnibus”, e chegou ao ocidente ao ter sido incluído no terceiro volume da edição norteamericana;
– Juni Ito inclui H.P. Lovecraft entre as inspirações para a criação de Uzumaki;
– Dois vídeo games foram produzidos baseados no manga. Uzumaki: Denshi Kaiki Hen, que reconta os eventos do filme (com direito a participação especial da atriz Erika Hatsune, que interpretou Kirie no filme); e Uzumaki: Noroi Simulation, que é uma espécie de jogo de simulação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edições anteriores:

18 – Terror nas grandes editoras, parte 1

17 – Do cinema para os quadrinhos: Evil Dead/Army of Darkness

16 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte final

15 – Super-heróis com um “pé” no terror: Doutor Oculto

14 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte 1

13 – Da TV para os quadrinhos: Elvira, a Rainha das Trevas

12 – EC Comics , epílogo: O Discurso Contra a Censura

11 – Criadores de Terror: Salvador Sanz

10 – EC Comics, parte 3: o fim

9 – Super-heróis com um “pé” no terror: Homem Formiga

8 – Interlúdio: Shut-in (trancado por dentro)

7 – EC Comics, parte 2: o auge

6 – Interlúdio: Garra Cinzenta, horror pulp nacional

5 – EC Comics, parte 1: o início

4 – Asilo Arkham: uma séria casa num sério mundo

3 – A Era de Ouro dos comics de terror

2 – Beladona

1 – As histórias em quadrinhos de terror: os primórdios

Dez artistas “KIRBYNIANOS”

Aproveitando o episódio 136 do ARGCAST sobre a vida e obra de JACK “THE KING” KIRBY, e sabendo da influência quase que onipresente deste que é um dos maiores nomes da arte seqüencial fantástica sobre diversas gerações de autores, Daniel HDR, Rodjer Goulart e Rogério DeSouza listaram aqui 10 autores que tem em seus trabalhos a influência visível de Jack Kirby.

Deixando claro que a lista não segue uma ordem de preferencia ou importância, mas sim ordem ALFABÉTICA pelo segundo nome, assim como esta lista é uma pequena migalha da imensa massa de seguidores (diretos e indiretos) do trabalho do Rei – por isso após conferi-la, fazemos questão que você continue ela! Mostre nos comentários que Jack Kirby é igual ou MAIOR que Chuck Norris 😉

Arthur ADAMS

É um dos artistas com um traço bem estilizado, quase puxado para o oriental. Adams é muito conhecido pelos seus trabalhos em títulos como Longshot e X-Men, mas também fez para o selo da Dark Horse Legend , publicando as revistas Monkey and O’ Brien e Godzilla, títulos estes que já mostravam alumas de suas grandes paixões ao desenhar:  monstros e dinossauros. Esta paixão nasceu do contato do artista com as velhas histórias do Kirby e suas criaturas braços ligeiramente exagerados, quadrados e suas posições dinâmicas, dos tempos em que o rei trabalhou nas revistas da Atlas Comics.

Parece estranho o grande detalhismo nas linhas finas de Adams irem de encontro com a dinâmica das figuras que Kirby criou, mas a fusão é notável e ilustra mais um belo exemplo "Kirbyniano" nos quadrinhos.
Parece estranho o grande detalhismo nas linhas finas de Adams irem de encontro com a dinâmica das figuras que Kirby criou, mas a fusão é notável e ilustra mais um belo exemplo “Kirbyniano” nos quadrinhos.

John BYRNE

Um dos grandes artistas ícones dos anos oitenta, Byrne teve seu star à figura de ícone no seu trabalho ao lado do roteirista Chris Claremont com os X-Men (que está sendo resenhado aqui no site do Dinamo, história por história, por Marcos Dark), logo após iniciando uma celebre fase escrevendo e desenhando uma das principais criações de Kirby na Marvel, o Quarteto Fantástico. A influencia de Kirby em seu trabalho chega a ser tanta que reflete não só em seu traço, mas como em sua carreira também, tendo ido para a DC Comics, trabalhado no título do Superman (onde criou uma série de novos personagens ligados à cronologia do Homem de Aço e com os personagens do Quarto Mundo, criação do Rei).

Os caminhos de Kirby e Byrne se cruzaram no mundo das HQs diversas vezes, fosse pelo trabalho nos mesmos títulos (em épocas diferentes) ou as mesmas editoras. Mas a influencia de Kirby no trabalho de Byrne é notavelmente percebida, sejam nas composições magnificas de ação e planos panorâmicos, ou no postural dinâmico dos personagens. "Kirbynianamente" clássico.
Os caminhos de Kirby e Byrne se cruzaram no mundo das HQs diversas vezes, fosse pelo trabalho nos mesmos títulos (em épocas diferentes) ou as mesmas editoras. Mas a influencia de Kirby no trabalho de Byrne é notavelmente percebida, sejam nas composições magnificas de ação e planos panorâmicos, ou no postural dinâmico dos personagens. “Kirbynianamente” clássico.

Erik LARSEN

Um dos fundadores da Image Comics (que foi assunto no ArgCast 135), onde até hoje publica seu personagem SAVAGE DRAGON, não só é fã confesso de Jack Kirby como é amigo da família do artista e já trabalhou com o rei humildemente fazendo arte-finali no projeto PHANTOM FORCE, ultimo trabalho autoral de Kirby antes de seu falecimento. Esta influência estende-se nas paginas e cenas de ação de Dragon.

Criaturas com visuais fora do comum, a perspectiva dinâmica na ação dos personagens, a estilização nos traços - das mãos aos detalhes dos rostos - Larsen é um "Kirbiniano" em pleno vapor.
Criaturas com visuais fora do comum, a perspectiva dinâmica na ação dos personagens, a estilização nos traços – das mãos aos detalhes dos rostos – Larsen é um “Kirbiniano” em pleno vapor.

Rob LIEFELD

Seria impossível não citar Rob Liefield nesta lista. Mesmo seu trabalho sendo questionável e polêmico por muitos, é perceptível a influência do Rei junto ao traço de Liefeld, mesmo que por alguns momentos. O artista que fez fama na Marvel Comics e depois ajudou a fundar a Image Comics já declarou diversas vezes que é fã incondicional de Kirby. Tendo já arte-finalizado o trabalho do Rei (assim como o aneriormente citado Erik Larsen) no projeto Phantom Force), muitos dizem que esta aproximação visual realmente ocorreu após seu singular (entenda isso como quiser, leitor) trabalho na série Heróis Renascem (para a Marvel), onde trabalhou com uma das criações de Kirby, o Capitão América. A coisa não parou por aí, pois Liefeld também esteve em uma versão atualizada de “Fighting American“, criação também de Kirby e Joe Simon. Para saber mais ouça o Argcast 111.

Sim, o Rei está em todo o lugar, inclusive no trabalho de qualidade questionável de Liefeld. Alguns dos posturais de ação, acabamentos em dedos, armas com design improvisados (ou inventivos - chame como quiser) e composições faciais tem muito de influência "kirbyniana> Se está bem executado, daí é outra história...
Sim, o Rei está em todo o lugar, inclusive no trabalho de qualidade questionável de Liefeld. Alguns dos posturais de ação, acabamentos em dedos, armas com design improvisados (ou inventivos – chame como quiser) e composições faciais tem muito de influência “kirbyniana> Se está bem executado, daí é outra história…

Jean-Claude MÉZIÈRES

Amigo de adolescência de Jean Girauld “Moebius”, ambos foram aprendizes do conhecido quadrinhista franco-belga Jijé. No período em que foram auxiliares de estúdio de Jijé, o contato com os Comics norte-americanos publicados pela Marvel com a arte de Jack Kirby levaram os dois jovens ao mundo da ficção científica. Mézières teve a evidência gráfica na sua obra mais evidente na fantástica série VALÉRIAN.

Dos diversos trabalhos do autor francês Jean-Claude Mézièrez, a saga sci-fi VALÉRIAN era uma ode aos cenários grandiosos, espaçonaves com típica tecnologia "Kirbiniana".
Dos diversos trabalhos do autor francês Jean-Claude Mézièrez, a saga sci-fi VALÉRIAN era uma ode aos cenários grandiosos, espaçonaves com típica tecnologia “Kirbiniana”.

Mike MIGNOLA

O criador de HELLBOY (que já foi assunto no episódio 125 do ArgCast) sempre teve a estilização em sua linha de trabalho, fato que ficou mais evidente no fim dos anos 1980 e ganhou destaque com seus desenhos nas HQs do infernal investigador demônio vermelho com mão de pedra. A influência de Kirby era perceptível da primeira a última linha, tanto que o escritor Alan Moore havia declarado, ao ser questionado sobre a criação de Mignola, que Hellboy era quando “Expressionismo Alemão encontra Jack Kirby.”

A geometrizaços nos rostos e sombras de Mignola nos desenhos, aliado à recursos gráficos de iluminação são claras referencias "Kirbynianas";
A geometrizaços nos rostos e sombras de Mignola nos desenhos, aliado à recursos gráficos de iluminação são claras referencias “Kirbynianas”;

Eichiro ODA

Autor de um dos maiores fenômenos do mangá na atualidade, Eichiro Oda que inspira tantos artistas também possui elementos de Kirby em seu traço tão peculiar. Em One Piece, se vê uma estilização incomum até mesmo nos quadrinhos orientais, também existe uma dinâmica de ação envolvente, criaturas complexas e exageradas e uma simetria na distribuição de elementos que também eram usadas pelo rei.
Seu traço rico em detalhes é um dos grande atrativos de seus trabalhos, assim como os de Kirby. É interessante ver como as ricas técnicas que Kirby criou anos atrás possuem paralelo com artistas de sucesso notórios atualmente, incluindo autores orientais.

As mãos estilizadas, enquadramentos que exploram a postura de ação extrema dos personagens, tudo é "kirbyniano" contemporâneo.
As mãos estilizadas, enquadramentos que exploram a postura de ação extrema dos personagens, tudo é “kirbyniano” contemporâneo.

John ROMITA Jr.

Filho do lendário John Romita Sênior, Jr. fez praticamente todos os títulos principais da Marvel Comics (Homem de Ferro, Demolidor, Justiceiro, X-men, Vingadores, etc…), sem deixar seus trabalhos autorais de lado (Kick-Ass feito em parceria com o escritor Mark Millar e o mais conhecido).
Observando o progresso de seu trabalho percebemos claramente que a influencia de Romita Jr. não partiu somente do trabalho do pai (evidente nos primeiros trabalhos), mas a maturação de seu traço mostra fortes e notáveis características do trabalho do velho e bom Kirby. Esta influência estética é gritante em sua passagem em títulos como Thor e a mini série Os Eternos, escrito por Neil Gaiman.

A blocagem nas figuras e sombras, a perspectiva com dinâmica nos cenários, muito do tra;co de Romita Jr. é uma revisitação à estética "Kirbyniana".
A blocagem nas figuras e sombras, a perspectiva com dinâmica nos cenários, muito do tra;co de Romita Jr. é uma revisitação à estética “Kirbyniana”.

Walt SIMONSON

O ex-paleontólogo que se tornou um dos maiores nomes dos Comics da década de 1980 em diante desde seus primeiros trabalhos mostrava a forte influência de Kirby nos seus traços. A presença estética do Rei ficou mais evidente na memorável fase de Walt Simonson como escritor e artista na revista do Poderoso Thor, que alias, foi toda resenhada na sessão Leitura Recomendada. E ainda no começo dos anos 2000, Simonson esteve na série Orion onde trabalhou com o universo cósmico criado por Kirby e todos os seus clássicos personagens na DC Comics.

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A estilização das figuras e efeitos gráficos (como os inconfundíveis “kirby dots” – ou “kirby crackles”) que costumam povoar o fundo de suas ilustrações não negam a influencia “Kirbyniana” no trabalho de Mr. Simonson.

Bruce TIMM

Além de ilustrador, Bruce Timm é produtor e animador, e ajudou a definir o universo animado dos heróis da DC Comics em animação dentro da Warner Bros. Ao construir o estilo grafico que seria usado nas animações da DC na década de 90, com seu Batman, a simplificação das figuras humanas já flertava com a estetica de Kirby, mesmo tendo como base principal a animação do desenho do Superman de 1941 dirigida por Max Fleisher. Nas temporadas seguintes do desenho de Batman, e (principalmente) em Superman Animated, a influencia de Kirby é nítida em seu traço estilizado e cheio de ângulos, e especialmente na série animada de Superman ele pode explorar muito dos elementos de ficção-cientifica idealizados por Kirby, tanto na tecnologia quanto nas criaturas, inclusive tendo uma clara homenagem a Kirby em um dos últimos episódios da série. 

A estilização que Bruce Timm produz é em muitos quesitos o amalgama perfeito entre a limpeza gráfica da animação moderna e o requinte gráfico "kirbyniano".
A estilização que Bruce Timm produz é em muitos quesitos o amalgama perfeito entre a limpeza gráfica da animação moderna e o requinte gráfico “kirbyniano”.

E você, leitor? Continue esta lista aí nos comentários!

1 Litro de Lágrimas [review]

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Mangá 1 Litro de Lágrimas

“Por que essa doença me escolheu? Destino é algo que não se pode colocar em palavras.”

Depois de assistir ao dorama, ler o mangá e o livro (esses dois últimos publicados pela editora NewPop), pode-se dizer que eu realmente chorei “1 Litro de Lágrimas“. A história baseada nos diários reais escritos por Aya Kito, leva-nos a perceber o quanto é maravilhoso viver e poder desfrutar de tudo que o mundo nos proporciona. O simples fato de andar, falar, comer e até escrever é visto como algo maravilhoso e desejado por essa menina que sofreu e foi corajosa o suficiente para sonhar.

 

Aya Kito
A verdadeira Aya Kito aos 15 anos.

Aya Kito era apenas uma colegial quando descobriu que possuía uma doença incurável e mortal chamada degeneração espinocerebelar. Mesmo perdendo os movimentos das pernas aos poucos e depois das mãos, Aya continuou a ser forte e a tentar viver o máximo possível. Passado os anos, ela começa a não conseguir mais caminhar, a comer, a falar e já no leito do hospital passa a não conseguir escrever em seus diários, algo que gostava imensamente de fazer.

 

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Dorama 1 Litro de Lágrimas

O dorama, por ter sido o meu primeiro contato com a história, me emocionou muito mais que o mangá e o livro. Fiquei bem chocada pela doença e a forma rápida e sem piedade que ela evolui. O mangá também é bom, mas em apenas 176 páginas e volume único não dá pra demonstrar tantos sentimentos que Aya teve neste período de sua curta vida. O livro, que é a reprodução de seus diários, é bem mais profundo e esclarecedor. No final, você se sente estranhamente conectada a esta menina e passa a se imaginar na sua situação… O que eu faria se tivesse uma doença tão horrível? Provavelmente não teria sido tão valente e compreensiva como Aya…

 

1 litro de lagrimas-livro
Livro 1 Litro de Lágrimas

Nos últimos capítulos do livro, a médica responsável pelo tratamento escreve contando o seu ponto de vista e explicando mais sobre a doença. E, por fim, a mãe de Aya encerra a história dizendo como foram os últimos minutos de sua filha e seu parecer sobre todo o sofrimento que passou ao seu lado.

Quem quiser se emocionar pela coragem de Aya e tentar ver o mundo de outra forma, a leitura é super-recomendada.

“O fato de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais.”

 

Título: 1 Litro de Lágimas – Mangá
Autor: KITA
Editora: NewPop
Formato: 12,7 x 18,9 cm
Páginas: 176 páginas
Acabamento: papel offset – capa cartonada
Preço: R$ 14,00
Volumes: Volume Único

Título: 1 Litro de Lágrimas – Livro
Autor: Aya Kito
Editora: NewPop
Formato: 15 x 21 cm
Páginas: 200 páginas
Acabamento: Papel Chamois Bulk – Capa Cartonada 4×0 com orelhas
Preço: R$ 29,90
Volumes: Volume Único

CONCURSO CULTURAL 1 LITRO DE LÁGRIMAS

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Escreva nos comentários uma frase de sua autoria que demonstre toda a sua emoção! Pode ser algo triste ou filosófico que esteja relacionada com o seu amor pela vida e/ou superações que devemos passar. A frase mais legal será escolhida pela equipe da editora NewPop e ganhará o mangá 1 Litro de Lágrimas publicado pela editora aqui no Brasil! Por isso, seja criativo!

Início do concurso: 23 de setembro.
Fim do concurso: 07 de outubro.
Publicação do resultado: 10 de outubro.

Mangá: Ledd

hq-ledd1-capaÉ sempre bom ver uma iniciativa nacional crescente, e o universo de Tormenta é um dos mais bem sucedidos cenários de RPG, com dezenas de livros, quadrinhos e até um game chegando em breve. Um novo membro desta família tem ganhando as bancas do Brasil pelas mãos da Jambô editora, seu nome é Ledd.

O jovem Ledd não conhece seu passado e após escapar da mais terrível prisão do mundo com a ajuda de Ripp, o mago careca que usa fios de cabelos para seus rituais, segue sua jornada atrás de pistas que possam fazê-lo descobrir quem é. No caminho ele conhece novos aliados e inimigos, e vai descobrindo quem é e do que é capaz. Ledd foi lançado primeiramente de forma gratuita em formato on-line, atingindo um grande sucesso, para após ser lançada em álbum, com materiais inéditos de produção. O roteiro é de J.M. Trevisan, um dos pais do cenário Tormenta, e as ilustrações são em estilo mangá por Lobo Borges.

Apesar de ter humor Holy Avenger, a trama de Ledd se mostra mais focada na aventura. É interessante ver a evolução do traço e técnica de Lobo Borges a cada capítulo e como a construção do mundo fica cada vez mais interessante e rica aos olhos. Mesmo para quem conheceu a HQ on-line o álbum será uma grata surpresa, pois além da qualidade de impressão do material com páginas coloridas na introdução, o conteúdo exclusivo de produção enriquece ainda mais a experiência que é Ledd.

Nledd

Vele a pena conferir Ledd e prestigiar o trabalho bem feito por artistas daqui, mostrando que é possível produzir mangá brasileiro de qualidade. Para você que é fã do universo de Tormenta, este álbum é imprescindível, e para você que não conhece, é um excelente começo.

Ledd
Roteiro: J.M. Trevisan
Arte: Lobo Borges
Páginas: 144
Preço de capa: R$19,90
Jambô Editora

Mangá: K-ON! [review]

kon013, 2, 1 e… K-ON!

Antes de ler o mangá, acabei conhecendo o anime e me apaixonando por essas meninas meigas e sonhadoras. Então, adorei revelas em quadrinhos!

Publicado aqui no Brasil pela editora NewPop, K-ON! conta como a amizade de quatro garotas (posteriormente mais uma integrante chega fechando o time) cresce no decorrer dos três anos do colegial ao se conhecerem no clube de música do colégio.

Nas quadro edições brasileira do quadrinho, vemos elas se divertirem muito tocando seus instrumentos musicais, cantando e tomando chá com bolo, claro!

É muito bom rever a preguiçosa e sincera Yui Hirasawa (guitarra), a bela e tímida Mio Akiyama (baixo), a brincalhona e animada Ritsu Tainaka (bateria), a meiga e poderosa Tsumigi Kotobuki (teclado) e a Azusa Nakano (guitarra) sendo abraçada e chamada de Azusa-Miau (Azu-Nyan).

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A única coisa que achei, digamos, diferente foi a leitura que é em formato de tirinhas na verticais. Mas nada que você não se acostume depois de duas páginas.

K-ON! é da autoria de Kakifly, contendo 120 páginas e o preço de R$ 19,90.

Mangá: Gurren Lagann

gurren_lagannO estúdio Gainax é famoso por suas obras bem animadas e cheias de loucuras como FLCL e Neon Genesis Evangelion, e com Gurren Lagann não poderia ser diferente. Este anime muito divertido foi adaptado para o mangá e chega aqui no Brasil pelas mãos da editora Nova Sampa.

Em um mundo em que a humanidade teve que se esconder nos subterrâneos da Terra, a humanidade passou a crer que a superfície não passava de uma lenda. O jovem perfurador Simon é amigo do valente Kamina, que sonha em chegar à superfície e é hostilizado pelas demais pessoas de seu vilarejo.  Tudo muda quando um enorme Ganmen ataca (robô na forma de uma cabeça com braços e pernas), sendo combatido pela esquentada Yoko. Simon leva a garota e Kamina até um enorme rosto que havia escavado, a qual descobre ser um Gunmen ativado por uma pequena chave em forma de broca que havia encontrado. Juntos eles derrotam a criatura e chegam a superfície, onde começam suas aventuras contra os homens-feras e seus Gunmens, conhecendo novas aliados, formando a “Brigada Gurren” e conquistando o poderoso robô Gurren Lagann!

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Como todo bom mangá shonen que se preze, Gurren Lagann possui personagens carismáticos, cativantes, cheio de sonhos e motivações, garotas sensuais e lutas de tirar o fôlego! Existe uma evolução dos robôs bem interessante que faz crescer ainda mais o potencial das batalhas. Entre os capítulos são apresentadas tirinhas divertidas com os personagens, satirizando momentos da história. O traço de Kotaro Mori é bonito, cheio de expressões exageradas, retículas bem aplicadas, e em alguns momentos a ação é tanta que o olho se perde em meio a tudo que esta acontecendo, mas nada que estrague a diversão. A série sai no Japão na revista Dengeki Daioh desde 2007 e possui atualmente 9 volumes, com planos de encerrar ainda este ano no volume 10.

O anime produzido pela Gainax e dirigido por Hiroyuki Imaishi foi ao ar na TV Tokyo entre 1º de abril e 30 de setembro de 2007, totalizando 27 episódios e dando origem a 2 especiais e um jogo para Nintendo DS.

Em tempos de robôs gigantes voltando com tudo com em Círculo de Fogo, nada melhor que um mangá que agrega a este fator muito humor, ação e lindas garotas! Corra pra banca mais próxima e garanta seu Gurren Lagann!

Gurren Lagann
Roteiro: Kazuki Nakashima
Arte: Kotaro Mori
Páginas: 200
Preço de capa: R$10,90
Editora Nova Sampa
(Recomendável para maiores de 16 anos.)

Mangá: Gate 7

gate-7-newpop“Hanna estará aqui. Estará esperando.”

Chikahito Takamoto é um estudante colegial de Tóquio que mora com a mãe e é apaixonado por história. Nas férias, consegue a permissão de ir sozinho para Quioto realizar o sonho de conhecer a cidade e seus templos. Mas sua visita sai do planejado quando conhece Sakura, Tachibana e Hanna de maneira muito estranha.

Depois de alguns meses, ele retorna para morar em Quioto ao ser transferido do colégio esbarrando novamente com o trio e passa a morar com eles. É assim que a aventura mística de Chikahito começa: cheia de mistérios, magia e história oriental. Um tempero já conhecido por quem já leu outros trabalhos do CLAMP.

A leitura é divertida e cheia de momentos fofinhos e imagens lindíssimas de encher os olhos. A história e os personagens parecem ser bem interessantes e cativantes. Lendo o primeiro volume, fiquei bem empolgada em esperar pelos demais, mas, ao mesmo tempo, temerosa pelo fato da série ainda ser publicada semestralmente no Japão (está no volume 4) e ainda não tem data para o término.

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O mangá, trazido para o Brasil pela editora NewPop, tem 176 páginas e está sendo vendido no valor de R$ 12,90.

Mangá: Tarareba – Contos de Passado e Futuro

“Qualquer pessoa já pensou ao menos uma vez em voltar no tempo para refazer alguma coisa.”

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Tarareba – Contos de Passado e Futuro, de autoria da mangaká Kyo Hatsuki, conta com cinco interessantes histórias curtas que mostram a vontade das pessoas quem voltar a algum momento do seu passado para tentar corrigir o futuro.

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O desejo de voltar no tempo é realizado por duas estranhas garotas que vivem em um templo budista. Mas, em troca, elas pedem a segunda coisa mais importante para aquelas pessoas, incluindo aqui a possibilidade de ser a sua própria vida. Será que vale a pena?

Alguns destes contos mostram que a natureza humana não muda, o egoismo e egocentrismo reina acima da necessidade de realizar uma boa ação. Mas também encontramos histórias na qual aparecem pessoas boas o suficiente para se sacrificarem por outras. Assim, o mangá mostra que, as vezes, vale a pena voltar ao tempo mesmo que perca a segunda coisa mais importante para você.

Tarareba – Contos de Passado e Futuro tem volume único publicado pela editora Nova Sampa, possuindo 176 páginas no formato 13,5 x 20,5, pelo valor de R$ 12,90.

“Para qual momento do passado que mais gostaria de voltar em troca da segunda coisa mais importante para você?”

Mangá: Puella Magi Madoka Magica

Puella Magi Madoka MagicaMadoka acorda pela manhã depois de ter tido um sonho muito estranho com um monstrinho e uma garota muito bonita. Esse é o começo do mangá Puella Magi Madoka Magica (Mahou Shoujo Madoka Magica) que tem como roteirista Magica Quartet e arte de Hanokage,

No caminho para escola, Madoka encontra suas duas amigas e colegas de classe Sayaka e Hitomi, indo todas juntas para a aula onde conhecem a nova aluna Homura que, para a grande surpresa de Madoka, é a garota bonita que havia sonhado!

A aventura começa quando Madoka e Sayaka salvam Kyubey, um monstrinho muito fofo que diz que elas precisam fechar um contrato com ele para se tornarem Garotas Mágicas e lutarem contra as bruxas, seres de pura maldade que atormentam os humanos causando muita tristeza e dor.

Mas tudo tem seu preço. Para se tornar uma Garota Mágica elas precisam fazer um pedido. Podendo ser qualquer coisa que elas desejarem. A grande dúvida é: o que valeria tanto a pena ao ponto de ariscar a própria vida?

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No incio a história aparenta ser simples e até um tanto boba, mas no decorrer da leitura percebemos que é bem mais interessante.

O primeiro volume de Puella Magi Madoka Magica foi publicado recentemente no Brasil pela editora NewPop, contendo 152 páginas e custando R$ 12,00. Serão 3 volumes publicados bimestralmente.