Sarjeta do Terror #30 – Sombras do Recife

Esta coluna tem andado meio parada por motivos de força maior, mas espero (se tudo der certo) retornar com certa regularidade ano que vem. Enquanto 2017 não chega, faço uma pausa das minhas férias para divulgar um trabalho bem interessante.

Sombras do Recife é uma antologia que narra casos e lendas que permanecem vivas na memória coletiva do Recife. Contam sobre o imaginário local, mas falam de um medo universal, que tem origem no estranhamento do ser humano diante das trevas da noite, do desconhecido, do subconsciente. É inspirada na estética de horror e suspense da EC Comics, Cripta do Terror e Editora D-Arte e as histórias são ambientadas em épocas distintas, trazendo fatos pitorescos, usos, costumes, curiosidades e fatos reais misturados com a ficção.

Os contos são também um resgate de relatos e imagens de fontes raras, sendo algumas informações indisponíveis até na internet. Todas as histórias são independentes e completas, e pertencem ao mesmo universo.

Este projeto é para o primeiro volume e cada volume contará sempre com duas HQs de 18 páginas cada, totalizando 36 páginas de quadrinhos, além de 8 páginas de notas explicativas no final do álbum e outros bônus. As notas explicativas podem ser lidas em conjunto ou não com a HQ, dando uma outra dimensão à experiência de leitura.

Sombras do Recife – Volume 1 é o primeiro trabalho autoral da quadrinista Roberta Cirne (Passos Perdidos, História Desenhada – vols I, II, III , IV ” – Troféu HQ MIX de maior contribuição, Heróis da Restauração Pernambucana ” – Indicado ao HQMIX e AFRO HQ – A história da África e suas migrações contada pelos Orixás) e terá formato 27cm X 21cm, com 60 páginas, capa cartonada colorida, lombada quadrada e miolo preto e branco.

O projeto é bem interessante e está no Catarse para buscar apoio. Confira o projeto completo por lá!

Edições anteriores:

29 – Criadores de Terror: Rodolfo Zalla

28 – Da TV para os quadrinhos: Além da imaginação

27 – Vigor Mortis Comics – Volume 1

26 – Super-heróis com um “pé” no terror: O Espectro

25 – Warren Publishing: Contornando o Comics Code

24 – Prontuário 666, os anos de Cárcere de Zé do Caixão

23 – Da TV para os quadrinhos: Arquivo X

22 – Criadores de Terror: Eugenio Colonnese

21 – Terror nas grandes editoras, parte final

20 – Terror nas grandes editoras, parte 2

19 – Uzumaki

18 – Terror nas grandes editoras, parte 1

17 – Do cinema para os quadrinhos: Evil Dead/Army of Darkness

16 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte final

15 – Super-heróis com um “pé” no terror: Doutor Oculto

14 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte 1

13 – Da TV para os quadrinhos: Elvira, a Rainha das Trevas

12 – EC Comics , epílogo: O Discurso Contra a Censura

11 – Criadores de Terror: Salvador Sanz

10 – EC Comics, parte 3: o fim

9 – Super-heróis com um “pé” no terror: Homem Formiga

8 – Interlúdio: Shut-in (trancado por dentro)

7 – EC Comics, parte 2: o auge

6 – Interlúdio: Garra Cinzenta, horror pulp nacional

5 – EC Comics, parte 1: o início

4 – Asilo Arkham: uma séria casa num sério mundo

3 – A Era de Ouro dos comics de terror

2 – Beladona

1 – As histórias em quadrinhos de terror: os primórdios

Sarjeta do Terror #29 – Criadores de Terror: Rodolfo Zalla

Hoje o Sarjeta do Terror presta uma homenagem singela, mas sincera a um dos maiores nomes das Hqs de terror nacionais: Rodolfo Zalla.

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No dia 19 de junho faleceu, em São Paulo, um dos maiores nomes das HQs nacionais, Rodolfo Zalla. Argentino radicado no Brasil, Zalla não só influenciou gerações de quadrinistas, mas também ajudou a pavimentar o caminho para o tão turbulento mercado de quadrinhos nacional – especialmente no gênero de terror. Por isso, esta coluna presta hoje homenagem a este tão importante artista.

Rodolfo Zalla nasceu na Argentina em 1931 e iniciou sua carreira artística nos anos 50. Ao se radicar no Brasil, seguiu sua carreira no país a partir dos anos 60 e logo se tornou referência para os quadrinhos nacionais.

Zalla trabalhou num período interessante do Brasil, uma época de efervescência cultural que tornara os quadrinhos bastante populares, e onde HQs eram encontradas com grande frequência nas bancas, especialmente as produzidas por autores nacionais. Editoras como a Taika, GEP e Jotaesse, entre outras, produziam muitas Hqs tupiniquins que, à época, rivalizavam com as produções estrangeiras. E, em meio a outros grandes artistas como Júlio Shimamoto, Jayme Cortez, Miguel PenteadoGetúlio Delphin, Rubens Cordeiro, Flávio Colin, Osvaldo Talo, Eugênio Colonnese, Edmundo Rodrigues, Gedeone Malagola, R.F. Luchetti, Nico Rosso, Minami Keizi estava o grande Rodolfo Zalla.

Zalla trabalhou com diversos gêneros, mas navegava particularmente pelo terror (onde basicamente se especializou em desenhar, entre outras coisas, o personagem Drácula) e histórias de guerra. Nos anos 70, trabalhou também com os quadrinhos Disney e Zorro, publicados na época pela editora Abril, além de ter colaborado com Hqs da Hanna-Barbera e He-man.

Outra das grandes contribuições de Zalla para os quadrinhos veio nos anos 80, quando foi um dos fundadores da editora D-Arte, que publicou revistas como Calafrio, até hoje consideradas clássicas do gênero no país. Depois disso, Zalla continuou trabalhando e sendo agraciado com prêmios e homenagens diversas ao seu trabalho.

Apesar da idade, Zalla se mantinha ativo até recentemente, quando foi diagnosticado com Câncer. faleceu pouco depois, durante o sono. No dia 20 deste mês, Zalla completaria 85 anos.

Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do artista, pode adquirir o documentário sobre Zalla entitulado “Ao mestre com carinho”, produzido por Márcio Baraldi. O DVD é vendido na Comix a um preço bastante acessível (R$ 15,00) e é uma raridade por aqui. Além disso, há algumas entrevistas e bate papos com Zala disponíveis no Youtube. Deixo vocês com uma entrevista do Zalla feita pelo Carlos Latuff:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edições anteriores:

28 – Da TV para os quadrinhos: Além da imaginação

27 – Vigor Mortis Comics – Volume 1

26 – Super-heróis com um “pé” no terror: O Espectro

25 – Warren Publishing: Contornando o Comics Code

24 – Prontuário 666, os anos de Cárcere de Zé do Caixão

23 – Da TV para os quadrinhos: Arquivo X

22 – Criadores de Terror: Eugenio Colonnese

21 – Terror nas grandes editoras, parte final

20 – Terror nas grandes editoras, parte 2

19 – Uzumaki

18 – Terror nas grandes editoras, parte 1

17 – Do cinema para os quadrinhos: Evil Dead/Army of Darkness

16 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte final

15 – Super-heróis com um “pé” no terror: Doutor Oculto

14 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte 1

13 – Da TV para os quadrinhos: Elvira, a Rainha das Trevas

12 – EC Comics , epílogo: O Discurso Contra a Censura

11 – Criadores de Terror: Salvador Sanz

10 – EC Comics, parte 3: o fim

9 – Super-heróis com um “pé” no terror: Homem Formiga

8 – Interlúdio: Shut-in (trancado por dentro)

7 – EC Comics, parte 2: o auge

6 – Interlúdio: Garra Cinzenta, horror pulp nacional

5 – EC Comics, parte 1: o início

4 – Asilo Arkham: uma séria casa num sério mundo

3 – A Era de Ouro dos comics de terror

2 – Beladona

1 – As histórias em quadrinhos de terror: os primórdios

Sarjeta do Terror #24 – Prontuário 666, os anos de cárcere do Zé do Caixão

Em homenagem ao Dia do Quadrinho Nacional, no dia 30 de Janeiro, o Sarjeta do Terror desta semana traz os quadrinhos de um dos personagens fictícios mais icônicos do país: Zé do Caixão.

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No próximo sábado (30) comemora-se o Dia do Quadrinho Nacional (e não o Dia nacional dos quadrinhos; parece, mas não é a mesma coisa) e, por conta disso, nada melhor do que dar uma lida em quadrinhos de horror nacionais. O Brasil é um país que sempre abraçou o terror ficcional com certa facilidade e, historicamente, o gênero inclusive rivaliza com os populares super-heróis em determinadas épocas.

Para celebrar o dia do quadrinho nacional, trago uma obra que está diretamente ligada, não só com o terror, mas também com um personagem essentia brasilis: Zé do Caixão. Mas, antes, um pouco de contextualização.

É difícil que algum brasileiro não conheça o nome Zé do Caixão. Apesar de ter ficado fora da mídia por muito tempo, o personagem criado por José Mojica Marins se enraizou no inconsciente coletivo da população de forma tal que hoje é quase impossível não conhecê-lo. Atualmente, no entanto, talvez o personagem esteja mais atrelado à uma imagem cômica do que uma imagem assustadora.

O que é uma pena porque Zé do Caixão, quando foi criado, não era nada engraçado. Um homem amargurado, de poucos amigos que assombrava uma cidadezinha conservadora com sua postura ateísta. Um homem que não tinha crenças, e a única coisa na qual confiava era a ciência. Alguém que não respeitava nada, a não ser suas próprias convicções… E as crianças. Sim, porque, segundo sua visão, as crianças são a janela para o futuro. A herança genética que as crianças recebem de seus pais é a única forma de manter um legado vivo. A verdadeira imortalidade, segundo o próprio personagem, é o sangue. Por isso ele passa seus dias conduzindo experimentos em busca de encontrar a mulher ideal, aquela que lhe dará o filho perfeito.

Quem não conhece muito a fundo Zé do Caixão pode se surpreender com esse perfil descrito do personagem. Isso porque, hoje em dia, Zé do Caixão se tornou um personagem atrelado de certa forma ao próprio sobrenatural no qual nunca acreditou. Talvez por isso o personagem hoje tenha se tornado quase uma caricatura do que já foi.

Zé do Caixão surgiu pela primeira vez em 1963, na produção “À Meia-noite Levarei sua Alma”, na qual conhecemos o personagem e suas motivações. Diferente da maioria das histórias da época, o terror não estava em monstros de outro planeta, lobisomens ou vampiros, e sim na própria mente doentia humana e nas perversões de Zé do Caixão em sua busca incessante pela “imortalidade”. Criado, por José Mojica Marins, que também o interpreta, Zé do Caixão surgiu justamente para fazer um novo tipo de terror, um terror mais brasileiro, segundo o próprio autor.

Deu muito certo, tanto que o personagem ficou muito popular e participou de outros filmes, programas de TV e histórias em quadrinhos. Mas a principal trajetória do personagem se encontrava em dois filmes: À meia-noite levarei a sua alma e a sequência, À Meia-Noite Encarnarei no teu Cadáver. Mojica pretendia produzir um terceiro filme que fechasse a trilogia, mas nunca havia conseguido levar a idéia adiante, até recentemente onde, mais de 40 anos depois de À meia-noite encarnarei no teu cadáver, o autor finalmente consegue produzir Encarnação do Demônio para fechar em grande estilo a história do personagem. O que nos leva a HQ tema deste post.

Bem, 40 anos é um bom tempo, e muita coisa acontece em tantas décadas. É uma vida inteira, na verdade. Mojica entendeu isso, e então decidiu voltar, não só para o cinema, mas para outro meio que sempre lhe acolheu: os quadrinhos. Daí surgiu Prontuário 666 – os anos de cárcere de Zé do Caixão, que explora parte desse período de tempo em que o personagem esteve preso, entre o final de À meia-noite levarei sua alma e o começo de Encarnação do Demônio. Mojica não é nenhum estranho nos quadrinhos; além de ser um grande fã dessa mídia, teve, em sua historiografia, diversas inserções do seu personagem em HQs das mais diversas.

Prontuário 666 na verdade se passa quase todo em 1988, onde vemos Zé do Caixão encarcerado, mas aproveitando o “intervalo” em seus planos para conduzir experimentos que possam ajudá-lo em sua cruzada pela imortalidade do sangue.

A HQ merece, com folga, um lugar entre as melhores HQs já produzidas no Brasil. Muitos podem achar isso um exagero, mas explico meu ponto de vista: eu defendo que existe uma diferença entre quadrinhos feitos no Brasil e quadrinhos nacionais. Enquanto um é apenas HQs feitas por brasileiros, o outro explora a identidade nacional. E quando eu falo em “identidade nacional”, me refiro à mais do que mostrar crianças de rua ou a seca no nordeste, e sim tratar daquilo que é intrinsecamente brasileiro, seus temas primordiais, seus medos, seus anseios e suas expectativas. Prontuário consegue a façanha de criar uma “espécie” de terror, que tem aquilo que é característico do gênero, num amálgama que é tipicamente “brasileiro”, no melhor sentido do termo.

No caso de Prontuário 666, o que temos é uma história que respeita a mitologia desenvolvida por Zé do Caixão, com todos os seus maneirismos e “clichês”, mas cuja narrativa gráfica é desenvolvida de forma criativa e original, abusando do traço estilizado e da narrativa gráfica surreal. Além disso, mostra uma história tipicamente brasileira que se passa na prisão, sem se deixar levar pela tentação de mostrar o óbvio. Além disso, a hq também aproveita para fazer homenagens sutis aos filmes anteriores e traz o Zé do Caixão para os novos tempos, sem descaracterizá-lo.

Os criadores da Hq são Adriana Brunstein (texto) e Samuel Casal (texto e arte), grande artista do circuito. Este último é o responsável pela arte estilizada e perfeitamente adequada para um personagem como este, utilizando-se apenas de técnicas de claro/escuro e uma narrativa sequencial extremamente competente que brinca com as expectativas do leitor.

Uma hq que não tinha muitas pretensões a não ser preencher a lacuna entre o segundo e terceiro filmes do Zé do Caixão, acabou sendo uma história que traz um novo fôlego aos quadrinhos brasileiros e ainda revitaliza o gênero nas hqs, tornando-se um verdadeiro exemplo de quadrinho nacional. E que definitivamente vale ter na estante.

 

 

 

 

 

 

 

 

Edições anteriores:

23 – Da TV para os quadrinhos: Arquivo X

22 – Criadores de Terror: Eugenio Colonnese

21 – Terror nas grandes editoras, parte final

20 – Terror nas grandes editoras, parte 2

19 – Uzumaki

18 – Terror nas grandes editoras, parte 1

17 – Do cinema para os quadrinhos: Evil Dead/Army of Darkness

16 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte final

15 – Super-heróis com um “pé” no terror: Doutor Oculto

14 – Terror no mundo real: o Comics Code Authority, parte 1

13 – Da TV para os quadrinhos: Elvira, a Rainha das Trevas

12 – EC Comics , epílogo: O Discurso Contra a Censura

11 – Criadores de Terror: Salvador Sanz

10 – EC Comics, parte 3: o fim

9 – Super-heróis com um “pé” no terror: Homem Formiga

8 – Interlúdio: Shut-in (trancado por dentro)

7 – EC Comics, parte 2: o auge

6 – Interlúdio: Garra Cinzenta, horror pulp nacional

5 – EC Comics, parte 1: o início

4 – Asilo Arkham: uma séria casa num sério mundo

3 – A Era de Ouro dos comics de terror

2 – Beladona

1 – As histórias em quadrinhos de terror: os primórdios

Retro City – Almanaque 1939 [resenha]

Sou amigo do Maurício Dias há muitos anos, e tive a oportunidade de conhecer um dos seus projetos ainda na sua fase de “gestação”, quando ele definia os layouts dos personagens que abrilhantariam as páginas de um conjunto de histórias que homenageariam a Era de Ouro dos quadrinhos. Lembro, inclusive, dele ter esculpido em massinha de modelar uma

réplica de Concórdia, um monumento semelhante à Estátua da Liberdade que estaria na cidade de sua história, para usar como referência para desenhá-la em diversos ângulos. Ao longo dos anos, perguntava: “E aí, Maurício? Cadê?”. Depois de duas formaturas, um casamento e uma filha (linda, por sinal), saiu!

Finalmente, “Retrô City – Almanaque 1939”, escrito por Maurício Dias, produzido pela trupe de nosso outro grande amigão, Daniel HDR, o Dínamo Studio, foi lançado na Livraria Cultura do Bourbon Country em Porto Alegre, RS. Publicado pela HQM Editora, com distribuição de nossos também queridos amigos da Jambô Editora, já se encontra à venda nas principais livrarias e lojas especializadas no gênero em todo o Brasil.

Surgido das sessões de RPG mestradas por ele, Maurício Dias nos apresenta os novos heróis Tritão, Tao, Homem-Atlante, Temporal, Futura e Liberdade, que vivem suas histórias na fictícia Retro City, até que se unem, formando o Panteão Valoroso, para enfrentar uma ameaça comum. Há uma série de referências ao mundo dos quadrinhos, como os Rio Foster, Shuster Village, Kane Ville, entre outros. Os próprios personagens são uma clara homenagem a outros super-heróis que conhecemos bem. As histórias são intercaladas por um pequeno jornal, situando o período histórico e ligando a cidade e os heróis aos fatos que estavam ocorrendo no mundo na época.

Foi um prazer ler essas histórias escritas pelo Maurício, que nostalgicamente nos lembram da simplicidade que as histórias de super-heróis podem ser. Vejam bem, simplicidade, não simplórias. As histórias são muito bem escritas e muito bem desenhadas, e mesmo não aprofundando tanto os backgrounds dos personagens, deixam com um gostinho de quero mais, com algumas coisas em aberto ainda para serem definidas nas edições posteriores. Sim, pequenos gafanhotos, novos álbuns de Retro City estão à caminho. Maurício me garantiu que já está trabalhando no volume 2.

Espero que não demore muito para sair o segundo volume. Ao trabalho, Maurício! Sucesso a você e todos os amigos do Dínamo! Um trabalho de qualidade, um belíssimo álbum, muito bem editado pelo pessoal da HQM. É uma satisfação ler uma obra como essa, que abrilhanta os quadrinhos nacionais e sem sombra de dúvida, deve agradar a todos os fãs de quadrinhos. Independentemente de estarem esperando há tanto tempo como eu e muitos outros… 🙂

Revista A3 em segunda edição

Quatro meses após sua estreia, a revista A3 Quadrinhos (formato 15,5 x 22 cm, 112 páginas em cores e em preto e branco, R$ 3,50 – já incluso o frete) chega à segunda edição, novamente com patrocínio doPrograma Municipal de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura de Uberlândia/MG.

Os principais destaques deste número são: o final da série Kavan, escrita e ilustrada por E. C. Nickel; a HQCatacumba, do português António Valjean; o thriller de horror Between the Shadows, escrito por Nando Alves e desenhado por Eduardo Cardenas e Carlos Brandino; O jantar, por Bruno Bispo e Victor Freundt; e as estreias, com aventuras de ficção científica, do capixaba Fábio Turbay, com Click, e Edgar Franco, com Puras?.

Também estão nesta edição: Roberval Coelho, Tony, Jerri Dias, Walter Pax, Matheus Moura (que é o editor da revista), Abel, Dudu Torres, Rosemário Souza e D. Ramírez.

Para marcar o encerramento da série Kavan, a A3 Quadrinhos tem duas capas: a primeira do português António Valjean e a outra do gaúcho Mateus Santolouco.

A3 Quadrinhos # 2 pode ser adquirida nos pontos de venda atendidos pelo Coletivo 4º Mundo, em gibiterias e na loja online Bodega do Leo.

Por: Sidney Gusman (Universo HQ)

Quadrinhos jogando na Copa do Mundo 2010

A COPA DOS BLOGS está movimentando diversos blogs de autores de quadrinhos e cartunistas. Idealizada por Cleber B e coordenada por Wesley Samp, os trabalhos dentro do projeto tem uma bola (em imagem padrão) inserida em suas artes. Esta bola, conforme a leitura das hqs, vai passeando pelas tiras dos personagens de cada artista em seus respectivos blogs. Entre os artistas, um dos integrantes do Dinamo Studio, Rogério de Souza, com sua série de webcomics Os Debiloids participa da partida.

Cada pequena história postada tem no seu rodapé setas indicando “avanço” e “retorno” para respectivamente a tira anterior ou seguinte à que esta sendo lida. É interessante, pois o leitor praticamente determina como é a troca de passes da respectiva bola, que acaba parecendo de uma tira pra outra

Já comece a partida pelo site do nosso colega Rogério de Souza clicando AQUI!

 

Literatuna em Quadrinhos

Segue aqui um texto muito interessante escrito por Germano Araújo para o website HCAST, onde o destaque está para as diversas adaptações da Literatura Brasileira para a linguagem dos Quadrinhos. Confira:

Você sabia que existem adaptações de obras literárias para os quadrinhos?

Os lançamentos, porém, não são novidades do gênero. Além da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos há também a Domínio Público, que lança as revistas sem editora, por meio de leis de incentivo.

O boom das adaptações aconteceu em 2006, quando o programa Biblioteca na Escola, que visa incentivar o hábito da leitura em estudantes de escolas públicas do ensino fundamental e médio, do Governo Federal, incluiu histórias em quadrinhos de cunho educativo no acervo que distribui a estabelecimentos de ensino de todo o País.

O objetivo dos quadrinistas é levar ao leitor o jeito como o escritor usou as palavras, além, claro, de histórias interessantes. E, ao contrário do que muitos podem pensar, as HQs não vêm para substituir a leitura dos livros, mas para estimular o leitor a procurar novas fontes da história que acabou de ler, além de tirar o ar infantil que algumas pessoas atribuem aos quadrinhos.

Com certeza minha vida teria sido bem mais fácil se eu soubesse disso na época do meu vestibular, abaixo algumas obras adaptadas:

Texto de Geraldo Araujo para o site HCast.

DIA DO QUADRINHOS NACIONAL na LIVRARIA CULTURA

Em 30 de janeiro de 1869, o autor naturalizado brasileiro Angelo Agostini produziu e publicou a primeira história em quadrinhos seriada no país, com personagem próprio: As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, no periódico Vida Fluminense. Esta é considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo, e nesse dia se comemora o Dia do Quadrinho Nacional em todo o país.

Celebrando a data, a Livraria Cultura, em Porto Alegre, em parceria com o Dinamo Studio, realiza em seu espaço uma jornada de quadrinhos. Serão oito horas contínuas, em que os artistas do Dinamo Studio produzirão seus trabalhos interagindo com o público presente e falando sobre o processo criativo desta forma de arte.

O evento acontece neste sábado, dia 31 de janeiro, a partir das 14 horas, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon Country. O endereço é Avenida Túlio de Rose, 80. A entrada é franca.